Flammen & Citronen, de Ole Cristhian Madsen

Ambos fazem parte da luta armada e têm a incumbência de matar colaboracionistas dinamarqueses envolvidos com os alemães. Têm de se haver com os assassinos nazis, mas também com a sua consciência que os torpedeia com rebates. Ser ou não ser assassino, quando, na realidade, assassinam. Por isso têm dúvidas e hesitações. Não as suficientes para tornar ambivalentes as personagens. Não são nada hamletianos, estes heróis da Dinamarca. Flammen e Citroen não se erguem da rasura de figuras cinematográficas. Nem se elevam das duas dimensões do intrincado tabuleiro de xadrez, onde tudo se joga, e onde as peças não podem ser só brancas ou só pretas. Nem os reis, nem os peões. Mas a ver, claro.
2 comentários:
Nem sequer sabia que existia uma resistência dinamarquesa. Será que também há histórias assim da resistência holandesa, sueca ou do liechenstein?
Alguns posts mais abaixo, um filme sobre a resistência argelina (A Batalha de Argel, de Gillo Pontecorvo), comentado por Raúl Calado, na secção O Gosto dos Outros.
Ana Margarida de Carvalho
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