Planeta 51, de Jorge Blanco
O início do filme quase poderia ser uma citação do teledisco de Thriller (Michael Jackson), de John Landis, que serve bem o conceito básico e eficaz da película. Depois há um retrato fácil da sociedade alienígena, que pura e simplesmente se baseia na América dos anos 50 ou 60, com direito a um Bob Dylan e tudo. Verdade é que a América de hoje, representada pelo astronauta Chuck, também não é representada de forma totalmente benigna: Chuck é manipulador, arrogante e um pouco bronco, mas no final revela-se um bom tipo.
O verdadeiro problema desta surpreendente co-produção espanhola é que, não procurando um estilo europeu (que tem tão boas escolas) e limitando-se a seguir o exemplo norte-americano, mas com menos meios, não se conseguiu livrar do estigma de ser um subproduto. Nunca poderia ser outra coisa. Mesmo quando o argumento não tem arestas para limar.
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