Um espectáculo degradante e uma abolição vanguardista: O Último Condenado à Morte em Portugal condenou a pena capital... à morte
Mal sabia o juiz que, em Julho de 1841, sentenciou Francisco Matos Lobo, um assassino lisboeta, meio desvairado, a morrer pela forca, estava também a condenar à morte a própria pena de morte. Uma carnificina sanguinária. Três falecimentos de uma só cajadada. Morreram as vítimas à facada (uma mãe, dois filhos e uma criada), morreu o louco assassino, a estrebuchar, no patíbulo e morreu a pena capital - em 1952, abolida para crimes políticos e, em 1967, para crimes comuns. Foi outro dos raros casos em que Portugal esteve na vanguarda do mundo. E para isso contribuiu um cortejo mórbido e degradante pelas ruas de Lisboa, a arrastar um condenado já quase cadáver, até ao patíbulo cercado por povo ululante. E mais uma vez, o realizador Francisco Manso recupera para o cinema (O Último Condenado à Morte estreia-se quinta, dia 28), uma história que precisava ser contada. O seu próximo filme (em fase de pós-produção) narra o épico assalto ao navio Santa Maria pelo tão cinematográfico capitão Galvão Teles.
A história é incrível. Como é que o realizador não soube aproveitar?
Se o filme é tão mau como o trailer não percebo porque não tem bolinha preta?JMDuarte
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2 comentários:
A história é incrível. Como é que o realizador não soube aproveitar?
Se o filme é tão mau como o trailer não percebo porque não tem bolinha preta?
JMDuarte
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