sexta-feira, 26 de junho de 2009

Chapéus já não há muitos

Coco Avant Chanel, de Anne Fontaine






Diz que era uma rapariga com imenso expediente. E muito jeito para costurar chapéus. Primeiro arranjou um amante rico que gostava de cavalos.

Depois (ou mais ou menos em simultâneo) arranjou outro amante rico que gostava de carros.

Às expensas de ambos, arrecadou relacionamentos e dinheiro para montar um negócio, e é então que acaba o filme...

Coco Avant Chanel, de Anne Fontaine, bem indiciava que o filme acabava quando poderia (eventualmente, quem sabe...) começar a interessar. Esta fúria dos biopics e da revelação da mulher por detrás da marca, da fadista Amália ou da cantora Piaf é no que dá... Filmes mal costurados, com bainhas descosidas e que se arrastam penosa e incipidamente da primeira cena até aos créditos finais. Nem os loucos anos 20 nem uma mal-humorada Audrey Tautou nem sequer, pasme-se!, os figurinos (o que parece bizarro num filme sobre um ícone da moda) conseguem remendar este rasganço.

1 comentário:

Ladislau disse...

É, portanto, um filme coco (não me excluam que coco não é palavrão, obgd)