quarta-feira, 14 de maio de 2008

Esperançar

Terra Sonâmbula, de Teresa Prata




Premiada pelo público do Indie 2008, a primeira longa de Teresa Prata é logo um salto olímpico da prancha mais alta da piscina. De cabeça. A realizadora ousa mergulhar nos labirintos de linguagem e no onírico mundo do grande Mia Couto, onde metáfora e realidade se tocam e se retorcem. Terra Sonânbula é um mergulho em terras nem sempre firmes. Que ora inundam ora gretam de tanta aridez. A câmara foca-se nas deambulações da criança Miundiga e do velho Tuahir, no Moçambique descarnado pela guerra, e deixa a poesia pelo caminho – e a grandiosidade de mundo da obra também. Um filme honesto, apesar de tudo.

Sem comentários: