terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Wilde, wilde Oscar


O Óscar deste ano devia abandonar o dourado. E levar o tom azul, como os NAVi, habitantes do planeta Pandora do filme Avatar. É que James Cameron, realizador de Titanic, bem pode gritar à proa do navio na noite dos óscares, a 7 de Março: ele é o rei dos blockbusters. Depois de se ter destronado a si próprio (Avatar já é hoje mais rentável do que Titanic), está nomeado nas categorias principais de Melhor filme e Melhor Realizador, assim como nas categorias de aspectos técnicos. Curiosamente, são outros dois filmes bélicos, desta vez não intergalácticos, mas bem terrestres que competem com Avatar, também com duas nomeações nas principais categorias (melhor realizador e melhor filme): Em Estado de Guerra, passado no Iraque, de Kathryn Bigelow e Sacanas sem Lei, em França na Segunda Grande Guerra, de Quentim Tarantino. Muito se estranharia se Morgam Freeman, que faz de Nelson Mandela em Invictus não levasse a estatueta (a academia não resiste a personagens históricas). A obesamente estreante Gabourey Sidibe, em Precious tem boas hipóteses na categoria de Melhor Actriz (A déja vu Meryl Streep já fez muito melhor do que uma cozinheira autoritária) e o poliglota austríaco Christoph Waltz, de Sacanas sem Lei, vem com um potencial de simpatia de mil e tal volts para Melhor Actor Secundário. O Laço Branco, vencedor de Cannes, é quase garantido no Melhor Filme Estrangeiro e a maior anedota da noite seria entregar a estatuteta com tenazes de camarão a District 9, um filme completamente-OVNI dentro dos filmes sobre OVNIS.

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